Farmacêuticos de Serviço

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pharma News:UE apreende fármacos ilegais

Comprimidos contrafeitos e químicos para fabricar drogas provinham de países asiáticos

A acção concertada em alfândegas de diversos parceiros europeus levou à apreensão, em dois meses, de 34 milhões de comprimidos de fabrico falseado e que iriam pôr em risco pessoas com doenças já de si graves.
Iriam, alegadamente, tratar casos de cancro, dores, colesterol, infecções, paludismo. Estavam para entrar nos mercados da União Europeia. Mas a acção dos 27, através dos seus serviços alfandegários, levou á maior apreensão até agora feita de medicamentos contrafeitos. A sua proveniência tinha como carimbo sobretudo a Índia, a China e o Paquistão, mas havia também lotes chegados de Singapura e da Síria.

A operação "MEDI-FAKE" foi a primeira acção coordenada com este fim pela Comissão Europeia. Os resultados são expressivos: 34 milhões de comprimidos contrafeitos. Mais: foram interceptados no seu caminho diversos produtos químicos que iriam servir para o fabrico de droga. Tais substâncias iriam alimentar os muitos laboratórios clandestinos que na Europa estão a fornecer o consumo das chamadas drogas do lazer, vendidas junto aos estabelecimentos de diversão nocturna. No último relatório sobre a droga na União Europeia, a Comissão destacava o avanço deste consumo, sobretudo entre os jovens e indicava que haveria cerca de 200 "laboratórios" clandestinos e de difícil identificação, já que estão em contínua deslocação.

A apreensão agora feita de medicamentos falseados mostra que a contrafacção de medicamentos já não segue apenas os caminhos da Internet e da encomenda postal chegada ao espaço exterior à União Europeia numa dimensão apenas individual. Os riscos para o consumidor podem tornar-se mais sérios, apesar do sistema de dispensa de fármacos bastante controlado.

Na listagem das apreensões contam anti-bióticos, fármacos para tratar o cancro, contra a malária e de combate ao colesterol. Contrafacções do Viagra e medicamentos de combate faziam parte também dos lotes traficados. Os riscos para os consumidores podem traduzir-se na ingestão de compostos perigosos e não conformes com os princípios activos nem com as doses do medicamento original. Se se tratar de falsificações à base de pós sem qualquer efeito, as consequências também podem ser graves, na medida em que o paciente julga estar a tratar a doença quando, efectivamente, não o está a fazer.

Os resultados da operação "MEDI-FAKE" levam a Comissão Europeia a considerar que tem de ser incentivada uma cooperação crescente nesta matéria com a indústria farmacêutica.

In JN

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