Lisboa, 29 Set (Lusa) - A Autoridade que regula o sector de medicamento alertou hoje que há cidadãos em Portugal "a correr sérios riscos de saúde" por consumirem medicamentos contrafeitos, que já invadiram áreas como a oncologia e a cardiologia. O alerta do INFARMED foi hoje feito durante a apresentação de resultados preliminares de uma investigação a medicamentos falsificados, a qual revelou "dados preocupantes". Das 85 amostras de medicamentos provenientes de encomendas postais que o Infarmed está a investigar desde Junho, 79 (93 por cento) são medicamentos contrafeitos, oriundos da Índia e da China. Os medicamentos contrafeitos - que durante algum tempo incidiam mais em áreas como a impotência sexual e o emagrecimento - estão a abranger especialidades como a oncologia, a cardiologia e a neurologia.
Extraído de
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=365411&visual=26&tema=1Comentário:
Esta notícia vem revelar dados preocupantes sobre o consumo de fármacos pela população portuguesa. Como costume, os portugueses ainda estão muito mal educados e informados para o uso de medicamentos.
É necessário recordar que, medicamentos contrafeitos são fármacos que, de forma deliberada e fraudulenta são enganosos em relação à sua identidade e/ou origem. Apesar de tudo aquilo que é dito tanto pelos vendedores ilegais quer escrito nos rótulos e embalagens, o produto comprado pode não provocar efeito algum, ou mesmo provocar efeitos negativos graves na saúde dos utilizadores uma vez que a sua produção não é regulamentada.
A rápida abrangência desta actividade punida por lei, em áreas tão importantes como a oncologia e cardiologia, é simplesmente surpreendente. Também podemos concluir que o facto deste sucesso na sociedade portuguesa deve-se sobretudo à grave crise portuguesa, mas essencialmente da pouca educação para o uso de fármacos pelos portugueses, pelo que é essencial, inicialmente perseguir fortemente esta acgtividade e, por outro lado consciencializar os portugueses para esta problemática.